Reunião do Conselho Local de Saúde Glória

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A reunião acontece toda terça-feira do mês às 19 horas, no Centro de Saúde Glória.
Rua Eneida, 955 - Glória- Belo Horizonte - MG - Brasil - 3277-7126 - 3277-7176
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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Borra de Café contra a Dengue

Borra de Café contra a Dengue
Bióloga Luciana Rocha Antunes - UNESP-UFSCar-SP  

Uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de Biociências da UNESP (campus de São José do Rio  Preto), durante a pesquisa da sua dissertação de mestrado, descobriu que a borra de café produz um efeito, que bloqueia a postura e o desenvolvimento dos ovos do Aedes aegypti.  O processo é extremamente simples: o mosquito pode ser combatido, colocando-se borra de café, nos pratinhos de coleta de água dos vasos, no prato dos xaxins, dentro das folhas das bromélias. A borra de café, que é produzida, todos os dias, em praticamente, todas as casas do País, tem custo zero. O único trabalho é o de colocá-la nas plantas, devendo, inclusive, ser jogada sobre o solo do jardim e do quintal.
Os especialistas em saúde pública, entre eles, médicos sanitaristas, estão saudando a descoberta de Alessandra, uma vez que, além da ameaça da Dengue tipo 3, possível de acontecer devido às fortes chuvas do verão, surge outra ameaça, proveniente do exterior: a da Dengue tipo 4.
Conforme explica a bióloga, 500 microgramas de cafeína, da borra de café, por mililitro de água, bloqueiam o desenvolvimento da  larva, no segundo de  seus quatro estágios, e reduz o tempo de vida dos  mosquitos adultos. 
Em seu estudo, ela demonstrou que a cafeína da borra de  café  altera as enzimas esterases, responsáveis por processos fisiológicos  fundamentais, como o metabolismo hormonal e da reprodução,  podendo ser, essa, a causa dos efeitos verificados sobre a larva e o inseto adulto.
A solução com cafeína pode ser feita com duas colheres  de sopa, de borra de café, para cada meio copo de água, o que facilita seu uso, pela população de baixa renda, e pode ser aplicada em pratos,  que ficam sob vasos com plantas; dentro de bromélias; e sobre a terra dos vasos, jardins e hortas.
O mosquito se desenvolve, até mesmo, na película fina de água, que, às vezes, se forma sobre a terra endurecida, dos jardins e hortas, e, também, na água dos ralos e de outros recipientes, que acumulam água parada (pneus, garrafas, latas, caixas d'água, etc.).
 'A borra não precisa ser diluída em água para ser usada', diz a bióloga. Pode ser colocada, diretamente, nos recipientes, já que a água, que escorre, depois de regar as plantas, vai diluí-la naturalmente. Ou seja: ela recomenda que a borra de café passe a ser usada, também, como um adubo, ecologicamente correto.
Atualmente, o método mais usado, no combate ao Aedes aegypti, é o aspersão de inseticidas organofosforados, altamente tóxicos para homens, animais e plantas.
Que tal colaborarmos, repassando esta mensagem e aplicando a borra de café???

 Luciana Rocha Antunes, Bióloga - especialista em Gestão Ambiental, Mestranda em Agroecologia e Desenv. Rural, UFSCar- SP e Embrapa Meio Ambiente

Tel: 55 19 81567751 - lurantunes@yahoo.com.br